O Castelo Drummond, visto de seu jardim, perto de Muthill, concílio de Perth and Kinross, Escócia. Link para imagem original |
1. A origem do sobrenome: Druiminn/Drymen
2. A origem do sobrenome: A tradição
3. Os ancestrais húngaros e Átila, o huno
4. Apêndice: As invasões dinamarquesa e normanda
5. Cronologia
6. Notas e referências
A origem do sobrenome: Druiminn/Drymen
Parece existir uma conexão entre o sobrenome e uma cidade escocesa, Druiminn, hoje chamada Drymen. Fica perto do lago Lomond, ou Loch Lomond, título de uma belíssima música tradicional escocesa (neste link, a versão de John McDermott, com imagens de paisagens do lago). A versão "Druiminn" é do idioma gaélico, uma língua celta que era majoritária na Escócia antes de esta ser unida à Inglaterra, nos primeiros anos do século XVII (aliás, "loch" é "lago" em gaélico). Ainda é falado por uma minoria de cerca de 1% da população de lá. Segundo estudiosos, a palavra seria derivada do gaélico "dromainn", que significa "cadeia montanhosa" ou "terras altas" [1].
Desse local seria originário o primeiro Drummond com registro histórico, Maol Chaluim Beg (em gaélico, "pequeno Malcolm" [2]), o thane de Lennox, que viveu no século XIII. "Thane" é um título nobiliárquico escocês; quem o detinha possuía certos poderes senhoriais sobre um território - no caso, o território era Lennox, situado logo ao norte da atual Glasgow (vide mapa abaixo) [3]. O thane, na hierarquia dos graus honoríficos, estava imediatamente abaixo do "abthane", por sua vez o mais alto oficial abaixo do rei [4].
Clique na imagem para ampliá-la. Mapa da Escócia ao redor de 1230, com o território de Lennox indicado. Autores: Finn Bjørklid e Calgacus (nickname do Wikipedia). Link para imagem original |
Malcolm passou a assinar "Malcolm de Druiminn". Com o tempo, o nome acabou se alternado para Drummann [1] (veja aqui a pronúncia em gaélico) e, com o domínio inglês, para Drummond. No Brasil e em Portugal, passou a ser escrito como "Doromundo", "Dormundo" ou outras variantes, mas a partir do século XIX passou-se a escrever também "Drummond" (Brasil) e "Drumond" (Portugal).
Nas gerações seguintes, grande parte das terras dos Drummonds em Lennox foi transferida para outras famílias, como os Monreith [5]. Porém, adquiriram outras, em especial em Perth, do outro lado da Escócia. As terras de Perth foram obtidas por mercê do rei da Escócia, Raibeart I (Roberto I), porque o chefe do clã, Malcolm Drummond, lutou ao seu lado nas guerras de independência da Escócia contra a Inglaterra. A Inglaterra invadira a Escócia em 1296 e esta última só se viu livre do jugo em 1328, após uma série de guerras. Uma das batalhas mais decisivas foi a de Bhonnaich (em gaélico) ou Bannockburn (em inglês), em 1316, da qual Malcolm Drummond teria participado [1]. Por isso, os castelos de Stobhall e de Drummond ficam na região de Perth e o chefe atual do clã é o earl de Perth.
A origem do sobrenome: a tradição
Porém, existem histórias tradicionais sobre Drummonds anteriores a Malcolm Beg. Desde o século XI, a tradição do clã vem passando de geração em geração um relato sobre a origem do sobrenome bem diferente do dito acima. Segundo ela, quando os normandos invadiram e conquistaram a Inglaterra, em 1066, o herdeiro do trono inglês, Edgar Aetheling, que deveria se tornar monarca pois seu pai acabara de morrer, zarpou do país fugindo em direção à Hungria com companheiros ingleses e húngaros. Porém, uma tempestade os fez aportar na costa da Escócia. O rei escocês Malcolm III acolheu todo o grupo; para vários deles, concedeu senhorias sobre terras do seu país e casou-se com a irmã de Edgar, Margareth.
Para um desses húngaros, chamado Mauritz, coube as terras de Lennox. Foi-lhe dado um brasão de armas [6] e o rei deu-lhe o nome de "Drummond". A palavra, segundo a tradição do clã, significaria "grandes alturas de águas" e se referia ao fato de Mauritz ter vindo do mar e talvez também de ter um cargo importante na tripulação de Edgar. Serviria para seus descendentes se lembrarem de sua origem. Nas gerações seguintes, o título acabou virando sobrenome de família. Segundo Strathallan [4], Mauritz teria morrido em 1093, lutando ao lado dos escoceses na Batalha de Alnwick, contra a Inglaterra (nessa batalha também morreu o rei Malcolm III). O relato mais antigo que vi até hoje sobre isso data de 1519, mas o do visconde de Strathallan, de 1681, é o mais completo.
O que um húngaro estava fazendo envolvido com a política inglesa, veja no Apêndice no final deste texto.
Os ancestrais húngaros e Átila, o huno
Existe também uma versão sobre os ancestrais do próprio Mauritz, o húngaro. Segundo ela, o pai de Mauritz seria György (Jorge), filho do rei húngaro André I, da dinastia Árpád. Esse rei se converteu ao catolicismo no meio de seu reinado e os filhos que teve antes do seu casamento católico foram considerados ilegítimos e ficaram de fora da sua linha de sucessão. Quando Eduardo, o Exilado, e seu filho Edgar Aethling, que estavam hospedados na Hungria, retornaram à Escócia, György, então, foi embora do país com eles. Não pude ainda rastrear a origem de tal informação, porém, ao que parece foi difundida pela obra "Europäische Stammtafeln", uma obra de genealogia europeia bastante consultada, que reproduziu a informação de uma publicação polonesa de 1959 [7].
A dinastia Árpád governou a Hungria do ano 1000 até o ano 1301. Uma das versões de sua origem diz que ela é descendente de ninguém menos que Átila, o Huno. Uma das fontes é o "Gesta Hungarorum", um manuscrito anônimo da virada do século XII para o XIII, no qual essa ascendência é mencionada várias vezes [8]. Existem, porém, muitas dúvidas sobre a veracidade das informações desse documento.
Os Drummond do Brasil e de Portugal descendem quase todos de um único membro do clã, John Drummond, que emigrou para a ilha da Madeira, onde foi chamado de João Escócio. Falo disso em outro post. Um resumo da linha desde Átila até João Escócio aparece em um trabalho de Francisco Antônio Doria (em PDF) [9].
APÊNDICE: As invasões dinamarquesa e normanda - e como os húngaros entraram na história
Detalhe da Tapeçaria de Bayeux, representando os combates entre franceses e ingleses em uma narração pictórica da invasão da Inglaterra pelos normandos em 1066. Esta magnífica peça de tapeçaria possui 50 cm de altura e 70 m de comprimento e foi feita na Inglaterra, provavelmente na década de 1070. Hoje, encontra-se no Museu da Tapeçaria de Bayeux ("Musée de laTapisserie de Bayeux"), na cidade do mesmo nome, na França. Ao longo de todo o seu comprimento, há inscrições em latim indicando o que representam os desenhos. No trecho da figura acima, está escrito: "Aqui, os franceses [ou seja, os normandos] estão lutando e mataram aqueles que estavam com o rei [inglês] Harold" ("Hic franci pugnant et ceciderunt qui erant cum Haroldo"). Com a derrota dos ingleses, o sucessor de Harold, Edgar Aethling, fugiu para a Hungria, mas teve que aportar na Escócia por causa de uma tempestade. Um dos companheiros húngaros que estavam com ele foi a origem do clã Drummond, segundo a tradição. |
Aqui é relatado por que um grupo de húngaros acabou se envolvendo com a política inglesa do século XI.
1. A invasão dinamarquesa e o exílio de Edward
2. A invasão normanda
3. A Inglaterra e a França depois da invasão
4. Notas e referências
A invasão dinamarquesa e o exílio de Edward
Para entender isso, temos que retroceder até o ano de 1014. Os normandos não foram o primeiro povo que conseguiu conquistar a Inglaterra. Em 1014, a Dinamarca invadiu e anexou-a aos seus domínios. Hoje a Dinamarca é um país pequenino, mas houve um tempo em que ela era uma potência militar e naval que construiu um império na Europa Norte-Ocidental, em terras das atuais Suécia, Noruega, Inglaterra e norte da Alemanha. O auge foi no século XI, sob o reinado de Canuto.
Na última fase da batalha de conquista da Inglaterra, morreu o rei inglês Edmund Braço-de-Ferro (Edmundo II). Seu herdeiro, Edward, então com apenas alguns meses de idade, foi sequestrado pelos invasores e enviado para a Suécia. De lá, foi reenviado para Kiev, hoje na Ucrânia e na época capital de um país antecessor da atual Rússia, chamado Rus de Kiev, cujo governante era parente de Canuto. E, de Kiev, foi remetido para a Hungria, também governada por um parente. Eis então como a Hungria entra na história.
Edward, o Exilado, como ficou conhecido, cresceu na Hungria e lá se casou e teve filhos. Enquanto isso, do outro lado da Europa, o trono inglês era restituído, em 1042. O novo monarca, Edward, o Confessor, soube que o Exilado seu homônimo estava vivo e na Hungria. Isso era bom para o rei, porque havia um herdeiro para seu trono. Então, em 1056, ordenou que o Exilado fosse trazido de volta.
Retornou então o Exilado ao seu país, já com mais de 40 anos, levando junto seu filho Edgar e alguns companheiros húngaros. Mas, após tanto tempo no exílio, o destino não quis que ele se tornasse rei: faleceu pouco depois. A herança do trono ficaria para seu filho, Edgar Aetheling, que ainda era uma criança de apenas 6 anos.
A invasão normanda
Os problemas dos ingleses com os nórdicos voltariam. Chegamos aqui à nova invasão da Inglaterra, a de 1066, pelos normandos. Estes eram descendentes de nórdicos que haviam saído da Escandinávia e se estabelecido na costa noroeste da França (a Normandia) no século anterior, e fundado ali um estado. Logo após as batalhas principais, o rei inglês Edward, o Confessor, morreu, e seu filho Edgar fugiu para a Hungria, junto com várias pessoas, inclusive companheiros húngaros que o acompanhavam desde a volta de sua família daquele país.
Acontece que uma tempestade pegou os navios de Edgar, que teve que parar no meio do caminho e aportar na costa da Escócia, onde foi recebido pelo rei escocês.
Até aqui, trata-se de dados históricos, que constam nas crônicas inglesas escritas desde o século XI. As primeiras delas foram escritas no tempo em que alguns dos envolvidos nesses eventos ainda estavam vivos. A mais conhecida é a "Crônica Anglo-Saxã"("Anglo-Saxon Chronicle"), de autores anônimos dos séculos IX-XII [10]. Especificamente sobre a passagem de Edward, o Exilado, pela Europa e sua volta à Inglaterra com seu filho Edgar Aethling, há uma coleção de referências no "Scottish annals from English chroniclers", na nota 4 da pág. 94 [11]. Narrativas contemporâneas aparecem em diversos textos básicos sobre história da Inglaterra. Os artigos do Wikipedia em inglês estão bons e possuem boas referências. Sugiro as biografias de Edgar Aethling e de Edward, o Exilado e o artigo sobre a conquista da Inglaterra pela Dinamarca.
Mas nenhuma dessas crônicas fala do destino de um dos companheiros húngaros de Edgar, chamado Mauritz. Quem fala disso é a história transmitida de geração em geração pelo clã Drummond, cujo conteúdo está no texto principal.
A Inglaterra e a França depois da invasão
Edgar ainda tentou guerrear contra os normandos, mas não teve sucesso. Os invasores não saíram nunca mais. A sede do governo foi transferida da Normandia para a Inglaterra e a primeira ficou com o status de domínio inglês em território francês. Nos séculos seguintes, o território normando na França expandiu-se França adentro. Por isso, até o século XV, um grande pedaço do território francês era domínio inglês. Os franceses o reconquistaram durante a Guerra dos Cem Anos (1337-1453). A ilha de Jersey, hoje um famoso paraíso fiscal britânico na costa da França, é uma "resquício" dos antigos territórios ingleses naquele país.
Enquanto isso, na Inglaterra, a língua do país se transformava sob a influência de seus novos senhores até dar no inglês moderno. Originária de línguas anglo-saxãs antigas, ela já havia sofrido influência dos idiomas locais celtas que existiam antes dos anglo-saxões chegarem, mas principalmente do latim (do antigo Império Romano, que dominava a região até o século V) e do dinamarquês, por causa da invasão de 1014 (que não foi a primeira; houve uma anterior no século X). Após o aparecimento dos normandos, o idioma se transformou mais fortemente até o inglês atual.
Cronologia dos fatos citados no texto
Esta cronologia envolve os fatos citados neste texto e em outros dois sobre os Drummond, sobre os Drummond da Madeira e sobre Antônio João de Freitas Carvalho Drummond, que emigrou para Minas Gerais.
Convenção das cores:
- Azul: Escócia, Inglaterra e França
- Marrom: Drummond
- Preto: Europa em geral
- Rosa: Portugal, Madeira, Brasil
886-954 - Primeiro domínio dinamarquês sobre a Inglaterra (Danelaw).
1013-1042 - Segundo dominio dinamarquês sobre a Inglaterra. Trecho sobre isso
1014 - Edward, filho do rei inglês morto, é enviado pelos invasores dinamarqueses para a Suécia; depois, será remetido para a Hungria, onde se casará e terá filhos. Trecho sobre isso
1056 - O rei inglês, Edward, o Confessor, manda trazer de volta da Hungria o herdeiro do trono, Edward, o Exilado. Trecho sobre isso
1066 - Batalha de Hastings: conquista da Inglaterra pelos normandos. Trecho sobre isso
1066 - Origem dos Drummond: Edgar Aethling e seus companheiros húngaros tentam fugir da invasão normanda para a Hungria, mas naufragam na costa da Escócia e são ali acolhidos pelo rei escocês Malcolm III. Mauritz receberá do rei as terras de Lennox e o nome de "Drummond". Trecho sobre isso
1093 - Morte de Mauritz, na batalha de Alnwick (escoceses contra ingleses). Trecho sobre isso
1147 - Data-marco da independência de Portugal, separando-se do reino de Castela.
1296-1328 - Domínio da Inglaterra sobre a Escócia e sequência de guerras de independência escocesa.
1316 - Batalha de Bannockburn, nas guerras de independência escocesa. Origem das terras dos Drummond em Perth: Malcolm Drummond participa da luta ao lado do rei da Escócia e, como reconhecimento, recebe dele as terras em Perth. Trecho sobre isso
1337-1453 - Guerra dos Cem Anos: a França recupera a maioria dos domínios ingleses em seu território.
1345 - O castelo de Stobhall passa a ser propriedade do clã Drummond, com o casamento de John Drummond cmo Mary Montfichet.
1415 - Início das Grandes Navegações.
1418 - Portugal toma posse da ilha da Madeira.
1419 - John Drummond sai da Escócia em direção à França, depois Espanha e depois Madeira: origem dos Drummond da Madeira. Trecho sobre isso
1492 - Descobrimento da América.
1500 - Descobrimento do Brasil.
1517 - Início da Revolução Protestante na Alemanha por Martinho Lutero; ela se espalharia por toda a Europa Ocidental.
1519 - Os Drummond da Madeira são redescobertos pelo clã da Escócia. Trecho sobre isso
1525 - O rei da Escócia emite um atestado de nobreza para os Drummond da Madeira. Trecho sobre isso
1527 - Falecimento de Beatriz Escócia, filha de João Escócio. Antes disso, ela fundou o morgado de São Gil, em Santa Cruz, Madeira. Trecho sobre isso
1538 - Carta de brasão, emitida pelo rei de Portugal para os Drummond da Madeira. Trecho sobre isso
1580-1640 - União Ibérica entre Portugal e Espanha.
1585-1604 - Guerra entre Inglaterra e Espanha.
1588 - Destruição da Invencível Armada espanhola pela esquadra inglesa.
1603-1688 - União dinástica entre Escócia e Inglaterra.
1604 - Recontato dos Drummond da madeira com o clã da Escócia. Trecho sobre isso
1634 - Última correspondência entre os Drummond da Madeira e os da Escócia registrada no século XVII.
1681 - William Drummond (futuro visconde de Strathallan) escreve sua genealogia dos Drummond.
1695 - Data aproximada da descoberta de ouro em Minas Gerais; início da migração intensa para Minas de madeirenses e açorianos e portugueses continentais.
1706-1709 - Guerra dos Emboabas entre paulistas (descobridores das minas) e portugueses, pela posse das minas de ouro. Os paulistas saem derrotados, mas ganham algumas concessões do governo português, que começa a regulamentar melhor a exploração das minas (o que culminará com a criação da própria Capitania de Minas Gerais em 1720).
1720 - Criação da Capitania de Minas Gerais.
1723 - Nascimento de Antônio João de Freitas Carvalho Drummond, em Funchal, na Madeira. Trecho sobre isso
1750 - Data muito aproximada do início da decadência da produção de ouro em Minas Gerais.
1750 - Tratado de Madri entre Portugal e Espanha: o Brasil passa a ter um tamanho próximo ao atual.
1763 - A capital do Brasil passa de Salvador para o Rio de Janeiro.
1770 - Casamento de Antônio João de Freitas Carvalho Drummond com Maria Joaquina Gomes de Abreu. Trecho sobre isso
Notas e referências
[1] "Drummond History", site Scot Clans
[2] Veja no site Forvo as pronúncias atuais de "Maol" (veja abaixo da opção "gaélico escocês") e "Chaluim".
[3] Algumas pessoas traduzem a palavra "thane" como "earl", um título nobiliárquico inglês da mesma época. Isto parece ser um erro, pois o título escocês normalmente traduzido como "earl" é "mormaer". Os mormaer tinham grandes poderes sobre seus domínios e acima deles só estava o rei. Existiram, de fato, os mormaer de Lennox, mas eles estão relativamente bem documentaos e seus nomes não coincidem com os thanes de Lennox da família Drummond. Assim, os mormaer e os thanes de Lennox parecem ser pessoas diferentes. De fato, Strathallan [4], na pág. 16, menciona alguns thanes que foram promovidos a earls. Outros autores traduzem "thane" para "senescal", um título usado na Inglaterra e na França, ou mesmo para "conde", este de uso mais geral na Europa. De qualquer forma, nenhuma dessas traduções é exata, pois "thane" era um título específico dos escoceses medievais e só poderia ser identificado com esses outros de forma aproximada. O melhor é manter a palavra original em gaélico escocês para evitar confusões (o mesmo se poderia dizer sobre a "tradução" de "mormaer" para "earl").
[4] STRATHALLAN, visconde de (William Drummond). "The genealogy of the most noble and ancient house of Drummond" (PDF). A. Balfour & Co., Edinburgh, 1831; impressão privada, 1889. Primeira edição em livro: 1681. Pág. 16.]
[5] STRATHALLAN, op. cit., pág. 15.
[6] Em uma carta de brasão de 1538 do rei de Portugal D. João III quando concedeu o brasão de armas aos Drummond da ilha da Madeira, o brasão foi assim descrito:
"Um escudo com o campo de ouro, e três faxas ondadas de vermelho, e por differença uma brica de verde com um D. de ouro; elmo de prata aberto guarnido de ouro, paquife d’ouro e de vermelho com sua colheira d’ouro"
No livro de Strathallan, de 1681, pág. 17, a descrição possui mais elementos (foi mantida a ortografia da época):
"Or, 3 barrs unds G ; a helmet, wreath, coronet, and manteling fuitable to his degree; and for a creft a bloodhound of the 2d langued, armed, coloured of the 1; with two wyld naked men for lupporters, wreathed about the body and head with ivy, each beareing on liis flioulder a club raguled, and gaulthrops lying fcattered about theire feet; with this motto, 'Gange Warrily'."
A figura abaixo, de um brasão encontrado à venda no site www.ebay.com, é relativamente próxima dessa descrição:
[7] A "Europäische Stammtafeln" ("Árvores Familiares Europeias") é uma série de 29 livros publicados a partir de 1935. Não pude consultar diretamente esses livros, mas há uma informação espalhada pela Internet (escrevo em novembro de 2013) que informa que o "Europäische Stammtafeln" cita como fonte da ligação entre Mauritz e a dinastia Árpád uma obra publicada em 1959 em Varsóvia. Vide, por exemplo, "Arpad family" e "Clan Drummond". A versão foi popularizada no Brasil com o livro de José Tavares Drummond, "A família Drummond no Brasil", Publicações do Colégio Brasileiro de Genealogia, Rio de Janeiro, 1970.
[8] Uma tradução para o inglês do "Gesta Hungarorum" aparece em Rady, M; (2009) "The Gesta Hungarorum of Anonymus, the Anonymous Notary of King Béla: A Translation". Slavonic and East European Review, 87 (4) 681-727. Uma versão em latim, sua língua original, aparece neste link (acesso em 02/11/2013).
[9] DORIA, Francisco Antônio. "Drummond" (PDF). In: "Genealogias.org" (2000). Acesso em 02/11/2013.
[10] "The Anglo-Saxon Chronicle". Originalmente compilado a partir de aproximadamente 890 e subsequentemente mantido e acrescentado por gerações de escribas anônimos até a metade do século XII. Transcrição da tradução de James Ingram (Londres, 1823), com leituras adicionais da tradução de J. A. Giles (Londres, 1847). E-book disponível no site do Projeto Gutenberg.
[11] ANDERSON, Allan Orr. "Scottish annals from English chroniclers, A.D. 500 to 1286". London D. Nutt, 1908. Pág. 94, nota 4.